Às 08:00h estava prevista a nossa saída de Chaves mas 5 minutos depois, da hora marcada, recebo uma chamada do Carlos a avisar que estão atrasados. Estavam parados em Vidago a tentar arranjar uma das vespas que tinha avariado. "Aguardei pacientemente" e fui até à ponte de Trajano.
Volto ao Km 0 e de pessoal nada... Fui atestar o depósito da Vespa e decido ir ter com eles, caso necessitassem de ferramentas, eu, sempre tinha algumas para emprestar.
As últimas gotas de gasolina a cair no depósito, são as que dão mais potência ao motor. 😉
Ao fim de 16km lá os encontrei esperançados de volta do agarranço da PX preta. O dono tinha vindo propositadamente de Lisboa para esta aventura que não chegou a iniciar.
Chamou-se o reboque. Colocou-se os autocolantes dos patrocínios e do Vespa Clube de Vila Real na Leia e com uma baixa no grupo, seguimos para o Km 0 onde foi tirada a foto da praxe
O meu primeiro grupo vespista. O Rui ao centro e o Carlos à direita. O da esquerda é muito parecido comigo!
A rapaziada foi meter gota, de seguida aprumamos o nariz das vespas para Sul. Siga rumo a Abrantes, já estávamos com 2 horas de atraso. Decidiram que eu iria na frente a liderar, e assim o fiz. À passagem pelo Alto Douro Vinhateiro não resisti em abrandar para olhar aquela magnifica paisagem. É digna de ser apreciada com calma. O calor já se fazia sentir, estava um dia magnifico para andar na estrada. Ao rolar pela EN2 é perceptível a que velocidade devemos fazer aquela curva, espetáculo! A primeira paragem para café e despir o casaco foi em Santa Marta de Penaguião.
De volta à estrada, só paramos para almoçar num restaurante à beira da estrada. O prato preferido é o arroz de feijão com salpicão. Fica na localidade de Mézio/Eido/Castro Daire/Viseu. Ainda bem que paramos, pois tinha acabado de entrar um bicharoco para dentro do capacete. Como entrou, não sei! Mas, já estava a rabiar perto da orelha, e apetecia-me coçar o capacete, só pedia para que não me ferrasse ou entrasse para o ouvido...
De barriga cheia, tomamos rumo a Viseu. Saímos do percurso passando pelo centro da cidade para abastecer, tiramos uma foto em frente à Igreja dos Terceiros de São Francisco no Parque Aquilino Ribeiro. Desde o inicio da viagem que mantivemos uma velocidade média de 70Km/h.
A paisagem era lindíssima mas, o estrago dos fogos tem uma extensão de quilómetros a perder de vista. O país está desolado pela enorme área ardida. Uma tristeza, ainda se sentia o cheiro da floresta queimada. Imagino como seria lindíssimo o caminho a ser feito pela verdura das florestas e dos campos...
Seguimos para Góis onde nos encontramos com o 4º elemento que passou a fazer parte do grupo. O João já estava à nossa espera, na beira da estrada, já fazia um bom tempo. Tinha com ele uma Vespa 150 Super, toda restauradinha, bonita.
Confesso que quando chegamos e vi a vespa, soltei uma gargalhada. Fiquei contente por encontrarmos o
Chegada a Gois - Encontro com o João
Para uma breve troca de palavras, descansamos um pouco e pedimos umas "bjecas" para refrescar.
De volta à estrada, seguirmos para o nosso destino. A 150 Super ia na frente e puxava muito bem por nós para a idade que tinha...
João e Carlos
Pelo ziguezaguear da N2 entre as variadíssimas serras, acabamos por chegar ao ponto central do nosso País em Vila de Rei na Serra da Meiriça.
Imagem de WikipédiA
Escusado será dizer que foi Paragem obrigatória no Centro Geodésico de Portugal Continental. Já não tinha bateria no telemóvel, pelo que tive de pedir as fotos emprestadas ao pessoal.
Faltavam cerca de 30Km para Abrantes e estávamos no final da tarde. De volta à estrada só paramos na Pousada da Juventude de Abrantes, onde iríamos pernoitar.
Castelo de Abrantes
O dia tinha sido exaustivo para mim. Foi sem dúvida uma experiência e aventura única. Eu e a Leia tínhamos percorrido 768 Km num só dia. A resistência da minha PX125 estava mais que provada. Nenhum problema, basta pôr óleo e gasolina que nós os dois percorremos o mundo! 😊
A Estrada Nacional N.º 2 sofrera algumas alterações. Em certos locais tivemos de ir por estradas alternativas mas sempre com o intuito de respeitar e seguir ao máximo o percurso da N2. Paisagens de cortar a respiração de encanto e beleza. Até aquele momento estava a adorar a experiência.
Jantamos todos num restaurante, no centro da cidade, onde nos ofereceram o vinho. 😉
A rapaziada era boa companhia! Pusemos a conversa em dia, rimos e bebemos juntos. Demos uma volta por Abrantes à noite e fomos descansar, no dia seguinte tinhamos a ultima etapa do percurso, Abrantes/Faro.
Pôr do sol em Abrantes