sábado, 29 de dezembro de 2018

A prenda de Natal da minha PX

Este ano, a minha Princesa Leia teve direito a uma prenda. 😉
Tratei de tudo, naquele sitio chamado SIP e aguardei pacientemente a chegada da encomenda.
Quando chegou, *verifiquei o conteúdo e então fiz o embrulho para o Pai Natal. 

Na noite do dia 24 de dezembro, deixei-me envolver pela magia e pela fantasia do Natal. Coloquei a prenda debaixo da árvore e esperei pelo momento de rasgar os papeis. 

Quando chegou o momento, fiquei surpreendido como uma criança. 😱😊 Dentro da caixa estava: uma sela, um tampão de gasolina com chave e uma grade pintada à cor montebianco 544! Fantástico, era mesmo isto que eu/ela queria! Obrigado Pai Natal.

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Quis fazer esta surpresa a mim próprio e por isso vou explicar tudo direitinho, com as respetivas referências, ajudando assim, quem tiver interesse e tiver uma PX não irá ter dúvidas.
Site da SIP:

  • SELA - Ref.: 24104520
  • GRADE - Ref.: 17537620
  • TAMPÃO DE GASOLINA - Ref.: 24262800

Quando verifiquei o conteúdo da caixa a grade vinha em cor cinza. Tinha de arranjar alguém que a pintasse da cor da minha PX. Para quem não sabe a cor de origem da sua vespa basta tirar o balon do motor e tem lá uma chapa com o número da série e a respetiva cor.

Onde fui!? Fui a um pintor de automóveis, ao qual vou dar um nome fictício que pode ser, Sr. Pintor. Expliquei o que pretendia, dei a referência da cor, "montebianco 544" e um balon lateral para não haver dúvidas e pedi um orçamento. Rondava os 45.00€ encomendei o serviço. Ao fim de uma semana fui levantar a peça, fiquei espantado com o resultado. Tanta coisa me passou pela cabeça e ao mesmo tempo não tinha palavras para descrever. O branco pintado era igualzinho à de um frigorífico! 

Eu - Oh senhor Pintor, custa-me dizer isto mas... a cor não tem nada a haver com a encomendada!
Pintor - Ah e tal, lá fora à luz do dia nem se nota. (a minha sorte é que os dias escurecem cedo)
Eu - Pois, mas custa-me pagar 45.00€ por uma coisa que em nada corresponde ao que lhe pedi!
Vou fazer o seguinte, vou encomendar a cor e depois apresento-me aqui para você completar o serviço, pode ser? - Infelizmente, vim embora com a uma grade pintada a cor de frigorífico, sem pagar o serviço.

No dia seguinte, vinha para o Matosinhos e lembrei-me de fazer um desvio, Porto passei na loja onde a minha PX tinha sido comprada. Não faziam serviço de pintura, mas indicaram-me o sitio certo: "Ciclo Foz". Já conhecia o sr. Alfredo da Ciclo Foz e tenho pena de não me ter lembrado dele à mais tempo. O serviço ficou impecável e feito pela modica quantia de 20 euros.
No dia 29 fiz a montagem e fui dar um pequeno passeio pela costa. 😁
A meu ver, ficou linda!


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Troca de farolim traseiro

Gosto de ver videos no youtube. Desta vez estava a visualizar um video do Vespa Clube de Lisboa e reparo numa PX com um farolim traseiro diferente de todos os outros. Reparei logo na primeira passagem daquela PX nos primeiros 25 segundos do video.



- Olha Miguel até fica fixe! - Disse eu para os meus botões. - Vi o video umas poucas de vezes até apanhar o frame correto para conseguir distinguir a diferença daquele farolim. Após umas pesquisas, cheguei à conclusão que era de uma Vespa 50 Special.













Contactei várias lojas e apenas uma em Setúbal tinha um em stock. Encomendei, mas a dificuldade estava em colocar uma lâmpada que fizesse as duas funções: Luz de presença e stop. O farolim é muito pequeno para se conseguir encaixar um sistema de duas lâmpadas. A solução passava por colocar leds. Ao fim de alguns telefonemas e dois meses... ainda não tinha o farolim na minha posse. Cancelei o pedido! Quem o acabou por colocar foi uma vez mais a Vasco Garage. Uma única lâmpada faz as duas funções e é uma lâmpada vulgar, fácil de se encontrar em caso de a ter de trocar.
A tampa de cima do farolim vinha em cinzento, pedi para a pintar de preto fosco e pintaram.

Uma vez vinha eu para o Porto na A29 e sinto uns ferros a cair. Alarmado, parei cuidadosamente, a uns 30 metros mais à frente na berma da estrada. Eram os parafusos do Porta Couves. Tinham-se soltado/desenroscado. O trânsito corria a grande velocidade e eu a rezar para que ninguém passasse por cima do parafuso. Em segurança lá o apanhei do meio da estrada. Perdera as porcas. Uma vez que estava na Vasco Garage, pedi para que me dessem uma solução... e deram! Umas porcas com borracha. A partir daquele dia nunca mais me preocupei com a segurança do Porta Couves e o desenroscar das porcas.  
Modéstia à parte, mas a minha Princesa Leya está cada vez mais linda. 😉
Fotos em breve.


domingo, 23 de dezembro de 2018

22ª Concentração do Vespa Clube de Felgueiras

Tenho ouvido falar bem dos encontros do Vespa Clube de Felgueiras e por esse motivo, eu e a Princesa Leia fomos lá marcar presença. Antecipadamente submeti o formulário para a inscrição.

No dia do encontro, saímos os dois pela manhã fresca em direção a Matosinhos. Estacionei mesmo em frente à praia e com o cheirinho da maresia do Oceano Atlântico e dos protetores solares de quem frequenta a praia, tomei um café na esplanada.

Verifiquei no google maps o melhor caminho a tomar para Felgueiras. Confirmado o percurso, deixo para trás a costa e sigo rumo ao interior pela N12 ou pelo nome pela qual é mais conhecida, Estrada da Circunvalação. Como o nosso país é pequeno, mas magnifico. Rodei pelas estradas, N105, EM562, N207, N209 e sei lá que mais... até deu para me perder, coisa que não me importo absolutamente nada. 

Ao chegar a Felgueiras ainda lá não estava ninguém. Fui almoçar ao McDonald's e aguardei pela hora agendada.
Quando voltei ao ponto de encontro, já lá se encontravam alguns vespistas e aos poucos começaram a chegar mais, aproveitei para me juntar a eles. O pessoal da organização do evento monta a barraca para a confirmação de presença, ofereceram-me uma T-Shirt, uma caneta, a respectiva pulseira, alguma publicidade camarária e um saco para meter isto tudo.
Tudo a postos, arrancamos para o lanche em direção à quinta do Tal da Lixa - Hotel Monverde, onde tivemos uma receçao 5 estrelas. Umas saborosas entradas com vinho à descrição. 😉

Mais tarde, saímos em direção à 'Taberna da Mouraria' onde voltamos a petiscar, beber e saborear... e por fim fomos jantar ao Restaurante São Domingos. Foi feita uma distribuição de números para mais tarde serem sorteados e não é que eu fui um dos contemplados! Saiu-me um chapéu do Vespa Clube de Felgueiras. Podia ter sido um capacete, mas o que contou foi o convívio excelente e foi essa a maior recordação que trouxe.
 Este Vespa Car Piaggio estava à porta do restaurante

Sentei-me à mesa com o pessoal de Valongo, trocamos ideias, contactos e sobremesas. Boa gente! Combinamos ir-mos embora juntos. E assim foi a minha concentração vespista.

Fica o video com muito pouca edição de imagem, as músicas são do youtube (musicas chatas). A bateria da GoPro acabou quando chegamos à Quinta da Lixa por esse motivo as imagens que se seguem são apenas até esse local. Para a próxima, tenho de gerir melhor o tempo de gravação para poupar bateria e espaço no cartão. 😊


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

10.000Km e um cabo de embraiagem.

Nada como ver os Km a passar no conta quilómetros e saber que a nossa menina está de boa "saúde". 

Aos 6.000Km e qualquer coisa o cabo da embraiagem partiu. Nesse dia ia a caminho do trabalho e acabadinho de sair da garagem... meto a primeira velocidade... seguuuuunda... terceira, pumba. Olha, partiu! Ficara sem velocidades. Desligo a vespa dou meia volta e embalado volto a estacionar no lugar. Nesse dia fui de carro e com um sorriso pensei na minha sorte.

No final da tarde, aproveitei para comprar um cabo de embraiagem. À noite lá fui para a garagem pôr mãos à obra. Ao fim de hora e meia e alguns palavrões, lá acabei por desistir. Não consegui acertar com o buraquinho. Mandei a Leia para a oficina e levaram-me 25.00€. Senti-me frustrado. Para a próxima nem que esteja um dia inteiro, terei de conseguir fazer o trabalho sozinho. Quando voltamos a rolar fomos até ao Douro.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

A importância da proteção dos olhos

Imaginem-se numa bela manhã de sol com algumas nuvens a salpicar o céu azul e a conduzir a vossa Vespa pelas belas estradas do nosso País. Aos poucos vão deixando para trás a azáfama da cidade e acabam por entrar numa zona rural, onde apenas se ouve o ronronar do motor que corta a melancolia do chilrear dos pássaros e grilos (sons do campo). Contemplam a paisagem, árvores de cores esplêndidas, o ar puro e fresco enche-vos os pulmões, sentem o frio de uma leve brisa na cara e começam a sentir uma lágrima a correr para a orelha devido à velocidade... concentrados na humidade ouvem um BZZzzzz... e pumba, um insecto de proporções médias acerta em cheio num olho, instintivamente o fecham e ficam a ver luzinhas... e logo em seguida levam com outro na testa como se tivessem a ser um alvo desses pequenos "abelharucos". Apressadamente param a mota, felizes por não terem caido, ao fim de alguns segundos de palavrões, insultos e esfreganços de aflição, pensam... - porquê que não coloquei os meus óculos!?

Pois bem, a proteção dos nossos olhos enquanto conduzimos é fundamental. Proteger os olhos de poeiras, vento e bicharada é indispensável. Sò temos dois olhos! Se nos acertam na cara... isso aguenta-se bem. Agradeci muitas vezes por ter os meus goggles colocados, sendo estes um acessório fundamental quando vou passear com a Leya.  

Nesta imagem, ainda se consegue ver no canto inferior esquerdo e superior direito da lente o tamanho destes bichos que me tentaram pôr abaixo da Vespa quando fiz a Estrada Nacional 2.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

4ª Parte - Chaves/Faro pela belíssima EN2 - O final

Após uma breve revisão, tal como colocar óleo no autolube e uma verificação de luzes, arrancamos até uma oficina ali mesmo em Abrantes. A vespa do João estava a precisar de um aperto na roda traseira, estava folgada. 
O Carlos e o Rui trocaram as lâmpadas fundidas traseiras...

Eu decidi ir tomar um café porque a minha menina estava a aguentar-se lindamente, não deu mostras de fraqueza. 😉

Arrancamos e ainda se sentia a frescura da manhã. Passamos pelos verdes campos que ladeavam a N2. Obrigatoriamente nova paragem na Bemposta ainda no concelho de Abrantes, os suportes da mala na vespa do Rui precisavam de solda. Foi coisa rápida, em menos de meia hora ficou tudo seguro. A estrada nacional passa mesmo ao lado da escola de Aviação Civil no Aeródromo de Ponte de Sôr, veio-me à ideia o filme "TOP GUN" enquanto percorria a estrada e a pista mesmo ao lado 😎 A próxima paragem foi para abastecer logo a seguir à barragem de Montargil.


Após um café e de motas atestadas, voltamos novamente à estrada. Estávamos a aproximadamente a 37km de distancia do Km 500. O calor do Alentejo já se fazia sentir, assim como os pequenos insectos que batiam no capacete e nos meus óculos como "Kamikazes" (nome dado aos pilotos de aviões Japoneses cuja missão era realizar ataques suicidas) eram como balas quando me acertavam na testa e na cara.

Chegamos por fim à pequena freguesia de Ciborro.
Umas fotos da praxe no marco do Km 500.

Para os curiosos sobre a E.N. 2 vale a pena ler aquele cartaz. (ampliem a foto)

O único bar que encontrei, com uma decoração característica de quem anda na estrada, a fazer lembrar os bares da Route 66, foi nesta localidade. Está com um decoração típica de motards e viajantes fazendo referência a todos os que percorrem a E.N.2

Comprei lá um autocolante que coloquei dentro do porta luvas. Baptizou a minha Vespa no que se insere no mundo dos autocolantes. A paragem foi breve mas, serviu para nos refrescar com uma bebida e voltamos logo ao caminho.
Estávamos a uns cinquenta e poucos quilómetros da próxima paragem. A fome já apertava e o pulso direito já precisava de descanso. Ansiava desesperadamente pela hora de almoço.

O almoço viria a ser em Alcáçovas no Restaurante "Sabores da Vila". estava um calor abrasador típico do Alentejo. Nada como um jarro de vinho branco fresquinho e um coelhinho frito com batatinhas para saborear e descansar... Aproveito para informar que dei 4 estrelas a este restaurante no google. 😉

Chegara a altura de nos fazermos à estrada, estava um calor infernal. Que bem que soube levar com a aragem quente enquanto rolávamos pelas longas rectas Alentejanas, ladeadas pela imensidão dos campos de cultivo e algum arvoredo. Vi campos a perder de vista de girassóis, cegonhas, garças, aves de rapina, melros a esvoaçar repentinamente na minha frente, cavalos, vacas, cabras, ovelhas, insectos esborrachados nas lentes dos meus óculos... Nunca tinha atravessado o Alentejo verdejante nesta altura do ano. Após uns bons quilómetros, paragem obrigatória para aliviar.

Tínhamos de encontrar uma bomba de gasolina urgentemente. A vespa do João bebia bastante e estava em breve a ficar sem gota. Paramos em Ervidel-Aljustrel na emblemática área de serviço da Galp. Já muito poucas existem de estilo arquitectónico da década de cinquenta/sessenta. Estes antigos postos serviam os locais e os viajantes, para quem percorria longos quilómetros podiam fazer pequenas revisões nas viaturas, usar o telefone e levantar ou deixar as suas encomendas e até o seu correio. Enfim, coisas do passado.
 Área de serviço de Ervidel

 Abastecia a minha antiga Vespa FL2 naqueles reservatórios de mistura pré feita. 😕

Para uma recordação futura.

Depósitos atestados, seguimos viagem. Ainda tínhamos muito caminho pela frente, incluindo a Serra do Caldeirão. Tanta casa bonita pintada a duas cores! Branco e azul eram as cores predominantes na maioria das casas mas, também havia algumas casas de faixa amarelo torrado.
Portugal é esplêndido de norte a sul. 

Para passar melhor o tempo, quando me vinha uma música à cabeça trauteava-a pelo caminho enquanto ziguezagueava na brincadeira pelas longas retas da estrada. Chegados a Beja à pequena Vila de Almodôvar estacionamos as Vespas mesmo em frente à esplanada para acabarmos a beber e a comer qualquer coisa.
 Um bonito mural na mesma rua onde descansamos.

Beja - Amodôvar 17.00h na esplanada de um bar sem preocupações.

Colocados os motores a ronronar, arrancamos calmamente deixando para trás a pequena Vila rasgada pela N2. Próxima etapa, Serra do Caldeirão mesmo à nossa frente. O final de tarde tornara-se ventoso e fresco, por esse motivo aguardava a próxima paragem para vestir um casaco uma vez que atravessara o Alentejo todo em T-Shirt. 

Este troço, como tantos outros, requeria um pouco mais de atenção devido às curvas e contracurvas apertadas que não permitiam grandes velocidades. Chegamos por fim ao topo da Serra do Caldeirão.
Cito Antoine de Saint-Exupéry para definir o que sinto quando pego na minha Vespa. 

Da esquerda para a direita: Eu o João e o Carlos


 Da esquerda para a direita: Eu, a vespa do Rui e o Carlos.

De volta à estrada tomamos o rumo para a que viria a ser a nossa última paragem, Faro.
Foi mais uma série de curvas e contra curvas com uma paisagem lindíssima como companhia. Desde o início da aventura que vários motards se cruzaram por nós, tanto para norte como para sul. Nunca imaginei a imensa procura turística que esta estrada tem! Basta ser a maior da Europa e é Portuguesa. 😉

Nas últimos quilómetros, senti uma sensação de infelicidade/pena. Sabia que dentro de pouco tempo a aventura iria acabar. Tinha vontade de percorrer muitos, mas muitos mais quilómetros, seguir para Marrocos ou até mesmo rumar a Itália. Quem sabe um dia...

 As 4 Gloriosas no Km 738

Este marco, foi recolocado em Maio de 2016 de forma a valorizar a rota da mítica Estrada Nacional 2

O Carlos fez questão em colocar o autocolante do seu Clube nos marcos do Km 0 e, como não poderia deixar de ser, no Km 738 como tantos outros o fizeram. Muitos pensam que a Estrada Nacional 2 termina neste marco mas, estão muito enganadinhos! Ainda nos restavam 500 metros que se estendem pela Rua do Alportel. Esta mesma Rua impede-nos de seguir em frente nos últimos metros devido ao sinal de proibição, o trânsito passa a ser de sentido único ao contrario da nossa direcção. Percebe-se o porquê de muitos decidirem começar a N2 em Faro e terminar em Chaves (desta forma, o caminho segue a direito). 

Contornamos o quarteirão e... damos por finalizada a nossa etapa no Km 738.5 da E.N. 2

Todos tiramos fotografias no local com a felicidade de missão cumprida. Seguimos para a Pousada da Juventude de Faro onde iríamos pernoitar.
Uma breve revisão à pressão do ar dos pneus e deparamo-nos com uma carecada impressionante no pneu traseiro tanto da minha princesa como na Vespa do João. 
O Rui e o Carlos prontificaram-se em ajudar a trocar depois do jantar.
E eu agradeci! Era a primeira vez que a Leya trocava um pneu. Assisti à delicada operação que se veio a mostrar fácil com duas pessoas a ajudar e outra (eu) a segurar o telemóvel e a dar indicações de precaução para não riscarem nada e deixarem tudo bem apertado e direitinho ao estilo de engenheiro de obras públicas. 😏
Encontrado o melhor local, "pusemos" mão à obra.

 O porta couves também tinha os parafusos soltos, levaram todos um aperto.

Acredito que tenha sido o calor da estrada que tenha contribuído para o pneu chegar a este estado.

Próxima compra será duas jantes Tubeless com uns Michelin S83. A marca do pneu também tem a sua culpa. Ainda tenho os pneus de origem. 😒 Também gosto de andar com uns sapatos confortáveis e a Leya também deve de gostar. Acima de tudo, a segurança.

Após uma de letra e uns copos na marina, fomos dormir. Alguém ressonou bastante naquela noite. Fizemos o caminho de volta para Abrantes, desta vez intercalamos entre outras estradas. A caminho de Coimbra apanhamos com chuva. Quando lá chegamos fomos ao leitão. O joão despediu-se antes por isso não sabe o que perdeu. Final do almoço cada um seguiu o seu rumo. Eu apanhei o IC2 e vim direito a casa.

Foram fortes os motivos que me levaram a fazer a EN2 desde a perda de uma pessoa muito querida (conhecia muito bem as estradas de Portugal e Europa), à enorme curiosidade que esta estrada me despertou. Por motivos fortes tive de me afastar um pouco aqui do blogue. 
Tentei fazer o video para fechar este post, mas ainda não o consegui acabar por falta de disponibilidade, fica para mais tarde. Contudo deixo uma amostra pequenina. 



sábado, 30 de junho de 2018

3ª Parte - Chaves/Faro pela belíssima EN2 - Chaves o início

Às 08:00h estava prevista a nossa saída de Chaves mas 5 minutos depois, da hora marcada, recebo uma chamada do Carlos a avisar que estão atrasados. Estavam parados em Vidago a tentar arranjar uma das vespas que tinha avariado. "Aguardei pacientemente" e fui até à ponte de Trajano.
Chaves
Estar em Chaves e não tirar uma foto nesta ponte é como se lá não estivesse estado!

Volto ao Km 0 e de pessoal nada... Fui atestar o depósito da Vespa e decido ir ter com eles, caso necessitassem de ferramentas, eu, sempre tinha algumas para emprestar. 
As últimas gotas de gasolina a cair no depósito, são as que dão mais potência ao motor. 😉 

Ao fim de 16km lá os encontrei esperançados de volta do agarranço da PX preta. O dono tinha vindo propositadamente de Lisboa para esta aventura que não chegou a iniciar.
Chamou-se o reboque. Colocou-se os autocolantes dos patrocínios e do Vespa Clube de Vila Real na Leia e com uma baixa no grupo, seguimos para o Km 0 onde foi tirada a foto da praxe
O meu primeiro grupo vespista. O Rui ao centro e o Carlos à direita. O da esquerda é muito parecido comigo!

A rapaziada foi meter gota, de seguida aprumamos o nariz das vespas para Sul. Siga rumo a Abrantes, já estávamos com 2 horas de atraso. Decidiram que eu iria na frente a liderar, e assim o fiz. À passagem pelo Alto Douro Vinhateiro não resisti em abrandar para olhar aquela magnifica paisagem. É digna de ser apreciada com calma. O calor já se fazia sentir, estava um dia magnifico para andar na estrada. Ao rolar pela EN2 é perceptível a que velocidade devemos fazer aquela curva, espetáculo! A primeira paragem para café e despir o casaco foi em Santa Marta de Penaguião.

De volta à estrada, só paramos para almoçar num restaurante à beira da estrada. O prato preferido é o arroz de feijão com salpicão. Fica na localidade de Mézio/Eido/Castro Daire/Viseu. Ainda bem que paramos, pois tinha acabado de entrar um bicharoco para dentro do capacete. Como entrou, não sei! Mas, já estava a rabiar perto da orelha, e apetecia-me coçar o capacete, só pedia para que não me ferrasse ou entrasse para o ouvido...

De barriga cheia, tomamos rumo a Viseu. Saímos do percurso passando pelo centro da cidade para abastecer, tiramos uma foto em frente à Igreja dos Terceiros de São Francisco no Parque Aquilino Ribeiro. Desde o inicio da viagem que mantivemos uma velocidade média de 70Km/h. 
Até ver a minha Leia e as restantes vespas têm se comportado lindamente. Após o breve descanso de pernas e pulsos, voltamos à EN2. A próxima paragem foi na albufeira do Rio Mondego que separa Viseu de Coimbra. 
A paisagem era lindíssima mas, o estrago dos fogos tem uma extensão de quilómetros a perder de vista. O país está desolado pela enorme área ardida. Uma tristeza, ainda se sentia o cheiro da floresta queimada. Imagino como seria lindíssimo o caminho a ser feito pela verdura das florestas e dos campos... 
Seguimos para Góis onde nos encontramos com o 4º elemento que passou a fazer parte do grupo. O João já estava à nossa espera, na beira da estrada, já fazia um bom tempo. Tinha com ele uma Vespa 150 Super, toda restauradinha, bonita. 
Confesso que quando chegamos e vi a vespa, soltei uma gargalhada. Fiquei contente por encontrarmos o /4º elemento e lembrei-me do famoso "azul cueca" que o Hugo cultiva na Horta das Vespas. Dá para se ouvir a minha gargalhada no excerto do video. 

Chegada a Gois - Encontro com o João

Para uma breve troca de palavras, descansamos um pouco e pedimos umas "bjecas" para refrescar.
De volta à estrada, seguirmos para o nosso destino. A 150 Super ia na frente e puxava muito bem por nós para a idade que tinha... 

João e Carlos

Pelo ziguezaguear da N2 entre as variadíssimas serras, acabamos por chegar ao ponto central do nosso País em Vila de Rei na Serra da Meiriça. 
Imagem de WikipédiA

Escusado será dizer que foi Paragem obrigatória no Centro Geodésico de Portugal Continental. Já não tinha bateria no telemóvel, pelo que tive de pedir as fotos emprestadas ao pessoal.
Faltavam cerca de 30Km para Abrantes e estávamos no final da tarde. De volta à estrada só paramos na Pousada da Juventude de Abrantes, onde iríamos pernoitar.
Castelo de Abrantes

O dia tinha sido exaustivo para mim. Foi sem dúvida uma experiência e aventura única. Eu e a Leia tínhamos percorrido 768 Km num só dia. A resistência da minha PX125 estava mais que provada. Nenhum problema, basta pôr óleo e gasolina que nós os dois percorremos o mundo! 😊

A Estrada Nacional N.º 2 sofrera algumas alterações. Em certos locais tivemos de ir por estradas alternativas mas sempre com o intuito de respeitar e seguir ao máximo o percurso da N2. Paisagens de cortar a respiração de encanto e beleza. Até aquele momento estava a adorar a experiência. 

Jantamos todos num restaurante, no centro da cidade, onde nos ofereceram o vinho. 😉
A rapaziada era boa companhia! Pusemos a conversa em dia, rimos e bebemos juntos. Demos uma volta por Abrantes à noite e fomos descansar, no dia seguinte tinhamos a ultima etapa do percurso, Abrantes/Faro.

Pôr do sol em Abrantes



2020 - Novos adornos

Decidi dar uma prenda à minha menina no inicio de 2020. Uns tacos novos para o descanso e um aro em metal para o farolim frontal. Já ti...